sexta-feira, 15 de julho de 2011

HISTORIA COM H NO JORNAL DE NOSSA REGIÃO

OLÁ MEUS AMIGOS 
- Mais uma etapa de conquistas a serem desbravadas. 
A convite do Jornal Simpatia que circula em  Caçapava e Região estou com uma coluna onde exploro a situação histórica dos patrimônios de nossa cidade. 

Acesse o site: http://www.jornalsimpatiacacapava.com.br/
Espero poder contribuir ainda mais com a nossa comunidade trazendo a informação do bom entendimento cultural de nossa região valeparabaina que mais cresce no país. 
O exemplar é semanal e imperdivel.
A nossa primeira matéria foi editada hoje 15/07/11 na Pág. 2. 
Abraços e espero que gostem. 

CONTO - PADRE CICERO FÉ E ESPERANÇA DE JOSÉ DAMIÃO

José Damião Cândido dos Reis, Brasileiro, nordestino, chega à grande capital com esposa e seus seis filhos.
Em busca de uma conquista com poucos trocados traz em sua mochila poucas roupas e migalhas de biscoitos que sobraram da longa viagem na esperança de uma vida melhor.
Sua Fé a Padre Cícero era imperial a qualquer situação que se prostasse a frente de seu caminho.
Chega ao seu destino ao amanhecer em um dia longo de Setembro sem saber aonde ir ou como começar a buscar o que veio procurar.
Seus filhos aclamavam por sustento e o que tinha de dar eram apenas miseras migalhas, os poucos trocados que tinha em seus bolsos não conseguiam nem pagar um prato de comida na capital.
Depara-se com uma situação sem volta, onde vê ao redor tudo que lhe contaram da grande cidade não era aos olhos daquela família.
José Damião pede às crianças que tenham paciência e que iria sanar a fome deles muito em breve. 
Resolve deixa-los por uns instantes e sai sem rumo em busca de ajuda, quando se depara com ruas largas e movimentos infernais de veículos. Assustado atravessa avenidas e becos e quando se vê estava perdido, sem direção, sem rumo, sem sua família.
Tenta retornar, mas se confunde com as avenidas e acaba aos prantos de desespero em busca de sua esposa e filhos.
De outro lado, na espera de seu Pai, as crianças falam com a Mãe porque ele demorava tanto para trazer-lhes um pedaço de pão ao menos, e a Mãe já com os olhos em lágrimas passa um pouco de tranqüilidade e com o peito apertado pedem para que fiquem quietos, pois isto acalmaria a fome.
O mais velho com 09 anos e o mais novo de colo com apenas oito meses de vida, era o espelho de uma família brasileira na busca de ajuda.
A tarde chega e alguns transeuntes que passavam davam-lhe umas poucas moedas e até os mais jovens acabavam dando as crianças um refrigerante já tomado ou algum salgado mordido. Mas onde estaria José Damião, perguntava angustiada a esposa sofrida pelo tempo em que passou no nordeste plantando suas raízes.
José Damião neste momento estava cada vez mais longe dos seus, caminhando e gritava pela sua família, quando um senhor bem trajado passa com seu veiculo e tenta compreender o desespero daquele pobre homem.
Ao parar o veiculo pergunta a José Damião o que havia ocorrido.
Não se contendo em lágrimas fala a aquele homem que o que tinha de mais precioso havia se perdido em sua vida e não sabia mais o que fazer. O homem então lhe oferece ajuda, mas não sabia por onde começar, pois até aquele momento pouco tinham conversado, quando mais calmo José Damião conta-lhe a sua história onde partem de volta a rodoviária.
Mas o destino deixa sua marca, sua esposa com as crianças já não estavam mais onde havia deixado e José Damião começa a perguntar a várias pessoas se as tinham visto, mas ninguém sabia informar, apenas informações sem fundamentos.
De repente um funcionário local vendo a situação chega a José Damião e informa que uns grupos de pessoas uniformizadas tinham levado seus familiares, mas também não sabia para onde.
José Damião entra em total desespero, gritando e implorando que alguém lhe ajudasse, o homem que havia lhe ajudado pede que se acalme e iria ajudá-lo a resolver a situação.
Neste momento muitos curiosos se aproximam e um senhor nordestino, porte baixo, com lindos olhos azuis e cabelos lisos como seda, tendo um chapéu sobre a cabeça chama José Damião ao lado e lhe fala que acalmasse, pois sua família estava bem e a ajuda que tanto tinha pedido tinha chegado.
Ele informou o endereço onde estariam sua família e que fosse para lá juntar a eles.
De imediato José Damião vai ao encontro juntamente com o homem que lhe ajudou e chegam a um seminário antigo, mas bem cuidado. Nos grandes portões de ferro havia uma placa escrita “Aqui mora todos aqueles que me seguem e me imploram com a fé” e logo abaixo o nome de quem havia escrito estas lindas palavras – Padre Cícero.
De longe vê seu filho mais velho e o sorriso juntamente com as lagrimas de felicidade escorrem em seu rosto mal tratado pelo tempo. Seu filho grita bem forte – “Pai você nos encontrou”. E em um ato de fortaleza de um nordestino ele responde a seu filho – “Não há motivo para desespero, pois lhes deixei nos braços daquele que sempre acreditei que na minha ausência Padre Cícero estaria tomando conta de vocês”.
José Damião se junta à esposa e aos seus filhos e abraçam em união, quando olham para trás vêem o homem que lhes tinham ajudado indo embora e José Damião grita para que espere.
Abraça e agradece imensamente a ajuda, mas o homem é que lhe agradece, pois tinha deixado sua família há um mês e sentia muitas saudades e arrependimento de ter-lhe deixado, pois o mais importante está na união de uma família.
Em troca José Damião explica que uma família é como um fio de esperança e que nunca se arrebentará se tiver fé naquele em que confiamos como guardião de nossas vidas.
José Damião e sua família acabam ficando a convite no seminário onde ajudavam na lavoura e manutenção daquele grande espaço, em troca ganhavam moradia, estudos e alimento até poderem se arranjar ou quanto quisessem ficar.
José Damião, brasileiro, nordestino e fiel ao seu guardião Padre Cícero.

CONTO - CHICO PENHA E O FUMO DE ROLO


CHICO PENHA –

Brasileiro, nascido na roça às margens de um ribeirão em uma pequena cidade do interior, onde tinha sua vida comum e pacata de um jovem em busca de seu objetivo na cidade que se formava. Queria ser alguém na vida como qualquer outra pessoa sem esquecer suas origens. Sabemos que para alguns isto é muito comum, mas não para Chico Penha. Ambicioso procura a oportunidade única em uma cidade pequena para época e com um comercio agropecuário em alta. Então nosso Chico Penha lança-se ao comercio do Fumo de Rolo aos seus 19 anos onde nesta época o produto só era encontrado nas grandes capitais através de comerciantes viajantes.
Alugou uma pequena venda vazia e suja com seus poucos trocados no Mercado Municipal, onde se colocava a comercializar o Fumo de Rolo para os transeuntes da cidade. Homem de personalidade forte e coração humilde e de poucas palavras.
Seu pequeno comércio começou a tomar vida e ser conhecido na região que cercava a cidade, pessoas humildes, homens de bens, militares e políticos da cidade começam a freqüentar a banca do fumo de rolo de Chico Penha. Por poucos trocados compravam-se gramas do fumo onde era enrolado em palha seca que ele mesmo recortava dando sentido ao cigarro fino e comprido.
Com seu gênio forte controlava tudo e a todos que tentavam enganá-lo, pois era muito jovem e a astúcia e cobiça pelo seu crescimento começava a incomodar alguns comerciantes viajantes. Sozinho foi crescendo sem empregados, pois seu lema era “desconfio por ser desconfiado”, um lema estranho, mas funcional para época. Sua própria sombra o atormentava como um algoz felino em busca de comida, mas para Chico Penha, um jovem forte de espírito sempre buscava o amanhã, pois o hoje já era passado.
O fumo de rolo que era conhecido nas capitais foi tomando espaço naquela cidade, outros tentavam concorrer pela inveja financeira, mas sem sucesso. E a pergunta de todos se vinha à tona “O que será que o fumo de rolo do Chico Penha tem que os outros não conseguem vender o mesmo fumo”. Sua qualidade especial era o conhecimento do gosto forte de cada freguês, o simples corte fino e correto nas grandes cordas de fumo, o enrolar do cigarro e o prazer do cheiro era o essencial para cativar as pessoas ao seu redor. No balcão uma pequena balança com pesos e um canivete no bolso, era tudo que se precisava para vender seu fumo. O fumo de rolo vinha de viajantes sem saber justamente de qual cidade de cultivo, vinha em grandes fardos pesados onde era separado em cordoalhas menores. Chico Penha torna-se um mestre do comercio deste produto e avança cada vez mais. Conhece então Maria, uma menina glamorosa, linda, charmosa, cheirosa e muito tímida acompanhada pela sua família. Com suas mãos finas, cabelos sedosos e longos, pele macia e rosada, mas mostrando também seu lado cultivado pelo trabalho que fazia junto aos seus pais. Chico se apaixona, vê o mundo desabar, o chão tremer e sair dos seus pés.
Como sua banca era logo na entrada do Mercado, não tinha como não ver aquela linda flor adentrar com seu longo vestido de algodão trabalhado a mão. Seus olhares se viram trocados, mas Maria abaixa o olhar onde acompanhada pelos seus pais foram fazer sua compra. Chico Penha nunca tinha visto aquela flor em situação alguma no Mercado, queria se apresentar de qualquer maneira, mas seu cheiro forte com o Fumo sentiu-se envergonhado e pensa por dentro de si... ”Eu, um pobre comerciante de fumo, como poderia conhecer uma tão bela moçoila, de fino trato onde seu perfume se compara com as flores de um jardim...”, mas nosso Chico não descansa, tenta descobrir uma maneira, noites sem dormir já deixava de abrir sua banca diariamente, seu pensamento estava centrado em saber onde Maria morava, qual casa da cidade ou sitio da redondeza? Perguntava a várias pessoas e ninguém, ninguém sabia dizer quem era Maria.
Seus clientes já reclamavam pela banca fechada quase todos os dias, barba por fazer, banhos não tomados e até que em um sábado ensolarado novamente adentra pelo portão principal do Mercado Municipal, Maria, acompanhada novamente de seus pais e o capataz para fazer a compra do mês que era costume. Chico larga tudo e a todos e depara a frente da moçoila tímida e cheirosa. È empurrado pelo capataz da família caindo ao chão, ameaçado de ser confundido com um bêbado ou pedinte. Maria impede tal agressão e diz que estava tudo bem. O cheiro forte do fumo em suas roupas então se torna um pequeno grão de arroz e ali começa uma linda historia de amor onde até nos dias de hoje podemos sonhar que ainda temos nossa flor plantada em algum jardim a nossa espera, esperando ser colhida e acariciada ao toque delicado de seu perfume.
O amor tem seu tempo, sua hora, seu momento, sua história, bastará somente sabermos esperar pelo momento certo.

INDO A FUNDO NA COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

Justificativas que os espanhóis utilizaram para as conquistas espanholas.
Na época essa era uma questão complicada para os europeus e foi alvo de muitas discussões entre teólogos e jurídicas. A justificativa para a conquista para a conquista espanhola era de ordem religiosa. O Papa havia reconhecido o direito da Espanha às novas terras com o argumento de que, ao ocupadas e ensinas a religião de Cristo a seus habitantes, a coroa estaria prestando um serviço ao Catolicismo. Mas com intenções futuras de exploração do ouro da superfície e  o esgotamento dos metais. 
A invasão do Império Inca e Asteca.
A invasão do Império Asteca -   Os Astecas viviam no norte do México atual, região conhecida pelo nome Aztlán, da qual derivou seu nome. No séc. XIV da nossa era, provavelmente por terem sido expulsos de seu território por povos inimigos; eles foram obrigados a se deslocar para o Planalto Central do México. No mesmo espaço, tornaram-se agricultores, sem perder os hábitos guerreiros, pois se viam constantemente envolvidos em disputas, por reservas de água potável e por áreas de  cultivo com as populações vizinhas
A invasão do Império Inca -  Apesar da grandiosidade do seu império, a sociedade Inca acabou se revelando muito frágil diante dos invasores espanhóis. Para isso contribuiu o descontentamento dos povos subjugados pelo império que acabaram se aliando aos invasores. Outro fator de fragilização foi à disputa pelo poder entre os irmãos Huáscar  e Atahualpa  depois da morte do inca Huaina Capac, em 1528; e a luta ainda prosseguiu em 1532 quando os espanhóis, chefiados por Francisco Pizarro.
A resistência inca durou quarenta anos  e só foi vencida, em 1572, com o assassinato de seu ultimo governante, Tupac Amaru. Assim chegando ao fim do Tawantinsuyu, o império Inca. Mas antes disso em 1343 o império Inca já tinha sido incorporado pela administração colonial espanhola, constituindo o Vice - Reino do Peru.
Outras conquistas dos espanhóis.
A conquista da América espanhola esta relacionada ás transformações que ocorreram no século XVII na Europa e que levaram á derrocada o Absolutismo ou Antigo Regime (como diziam os revolucionários franceses). A independência das colônias inglesas na América do Norte, a revolução industrial, o iluminismo e a revolução Francesa causaram um grande impacto na América Espanhola.
Como já vimos no século XV e início do XVI a Espanha formou na América um
vasto império colonial, riquíssimo em metais preciosos e que, até fins do
século XVIII, foi a principal fonte sustento da colônia Espanhola. Para
governar um império de tamanha extensão, a coroa descentralizou a
administração em quatro vice-reinos: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e
Rio da Prata. Também foram criadas quatro capitanias com função de
defesa: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.
Outro aspecto muito importante da colonização espanhola foi a
instituição, como já vimos, do PACTO COLONIAL, que visava manter o
monopólio comercial através de uma série de restrições comerciais e de
algumas obrigações por parte da colônia, como por exemplo, o fornecimento
de matérias primas e a compra de produtos manufaturados da metrópole.

Primeiros exploradores europeus
Depois que Cristóvão Colombo regressou à Espanha de sua expedição a San
Salvador, Cuba e La Española (1492-1493), outros exploradores começaram a
realizar viagens à América do Norte. Em 1497, Giovanni Caboto explorou as
costas de Labrador, Terra Nova e, possivelmente, da Nova Inglaterra. Juan
Ponce de León percorreu a Flórida e parte da península de Yucatán a
partir de 1500. Em 1519, Hernán Cortés ocupou a capital asteca. A
conquista de todo o Império Asteca levou três anos.
As explorações européias da América do Norte adquiriram importância com a
viagem realizada em 1492 por Cristóvão Colombo. Em 1497, Giovanni Caboto,
navegante a serviço da Inglaterra, percorreu as costas de Labrador, Terra
Nova e Nova Inglaterra.
Em 1519, Hernán Cortés chegou ao México e conquistou a região. O êxito
surpreendente da ocupação deveu-se, em grande parte, às lutas que
dividiam os povos indígenas. A divisão interna era especialmente grave no
império asteca, que dominava com mão de ferro as outras etnias do centro
do México. Os maias, outro grande povo mexicano, não foram capazes de
oferecer uma resistência efetiva aos espanhóis, que os encontraram já em
plena decadência. As colônias criadas pelos espanhóis na área do México
agruparam-se no Vice - Reinado da Nova Espanha. As autoridades espanholas
completaram a conquista do México e ocuparam grandes áreas agora situadas
ao sul dos Estados Unidos.

O sistema de colonização espanhola.
A Coroa espanhola sabia que não bastava ter a premazia de chegada á América. Era preciso se estabelecer, de fato, nas novas terras uma das formas de afirmação desses Estados era justamente à disputa territorial com outros estados. Por essa razão, uma vez iniciada, uma vez iniciada a conquista, a coroa espanhola decidiu se fixar na América, o primeiro passo para isso foi o Tratado de Tordesilhas, instituiu a Casa de Contratação e o Conselho das Índias.
A Casa de Contratação organizava o comércio e a fiscaliza o recolhimento de impostos.
O Conselho das Índias Incumbido de centralizar a administração das colônias  
O trabalho dos nativos; escravidão dos índios; a encamienda; o repartimento; escravidão negra.
O Trabalho dos Nativos: Partindo das Canarias Colombo chegou as ilhas Lucaias pensando ter  chegado as Índias, chamou os habitantes de índios nome que persistiu até hoje, os espanhóis penetraram nelas em busca de riquezas, escravizaram esses povos   forçando-os em trabalho nas minas de ouro, e de prata e na agricultura.
A exploração dava-se de forma rudimentar trazendo grande destruição das matas. Os traficantes geralmente contavam com a ajuda dos índios, eles cortavam a madeira e a levavam até os navios em troca de peças de tecido, roupas, conjas coloridas, canivetes, facas e raramente serras e machados.
A Escravidão dos Índios: Inicialmente, tentou usar o trabalho dos índios que tinham colaborado de forma dócil na extração do Pau-Brasil, e o colonizador pensou o mesmo aconteceria com o trabalho agrícola.
Mas eles aos poucos não se satisfaziam com os objetos recebidos com o trabalho pesado.
Também não se submetiam facilmente as condições exigidas pelos colonizadores.
Em pouco tempo generalizou-se a escravidão dos índios, eles resistiam mas, apesar de superioridade numérica, eram derrotados pela superioridade das armas de fogo dos colonizadores.
Uma carta regida autorizava a escravidão de índios presos em guerras justas, isto é,  iniciadas pelos índios ou promovida contra tribos que negassem a submeter-se aos colombos.
Legalizavam a escravidão dos índios sob pretexto de defendê-los.
Na impossibilidade de contar em grande escala com o trabalho indígena no século XV começou a escravidão negra.
A Encomienda: Outra forma de trabalho compulsória foi introduzida na América nesse regime certa quantidades de indígenas eram entregues a um colono espanhol para quem deveria trabalhar em regime troca de assistência material e religiosa mesmo sob a roupagem de uma relação respeitosa e exploração dos índios foi denunciada e combatida em defesa dos nativos. Acabou em 1549 com a interferência de pessoas ligadas a igreja.
O Repartimento: Consistia num sistema de trabalho assalariado forçado, pelo qual determinado numero de índios sadios do sexo masculino, era obrigado a se deslocar para certos lugares  e prestar serviços que lhe fossem destinados, foi o repartimento que os espanhóis  exploraram nas ricas minas de prata depositando. De acordo com as leis espanholas os indígenas deveriam receber um salário e ter assegurada boa condição de trabalho, mas não passava de uma lei sem valor.
A escravidão negra: A colonização das Américas baseou-se na força de trabalho proporcionada pelos africanos.
Os portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses todos usaram a mão de obra negra.
Ao explorar a costa africana em busca de caminho para as índias os portugueses capturaram um grupo de negros, com isso o trafico negreiro tornou-se atividade sistemática e lucrativa.
Vendiam as pessoas em troca de tecidos, jóias, algodão, armas, tabaco, etc.
Calculam-se que tenham trazidos 3 milhões de africanos para o Brasil e que outros tantos tenham morridos na  viagem e calculam mais de 50 milhões de africanos foram arrancados de sua terra.
A organização da economia colonial.
Para governar o império de tamanha extensão, a coroa descentralizou a administração em vice-reinos: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata. Também foram criadas quatro capitanias em função de defesa: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.
O aspecto muito importante da colonização espanhola foi à instituição do aspecto colonial que visava  manter o monopólio comercial através de série de restrições comerciais de  algumas obrigações por parte da colônia, como por exemplo, o fornecimento de matéria-prima e a compra de produtos manufaturados da metrópole.
Quem controlava boa parte das atividades econômicas da colônia era a elite, ou criollos (descendentes de espanhóis na América). Os criollos  tinham instruções em tomar decisões políticas, pois,  o controle administrativo da colônia estava nas mãos dos chapetones (espanhóis escolhidos pela coroa para governar as colônias).
O liberalismo econômico e a participação de alguns países, como o E.U. A e a Inglaterra, que financiavam diversos movimentos, que via, com o fim de Pacto Colonial, a abertura de um vasto mercado para a entrada de seus produtos.
A exploração de metais preciosos em séculos passados sugou praticamente toda riqueza, de algumas regiões.
A atitude tomada pelo Governo Espanhol para manter controle sobre as riquezas produzidas na América.
Impotente para conter o movimento de independência  nas suas colônias americanas, a Espanha recorreu às forças da Santa Aliança. A Intervenção chegou a ser cogitada pelas  potências européias, que desistiram da idéia   em virtude da forte oposição da Inglaterra e dos Estados Unidos.
Já que aos ingleses o pacto colonial não interessava mais, a Inglaterra apoiava a independência das colônias hispânicas da América e para a  oposição dos Estados Unidos também ficou clara diante do risco representado pelo poder da ação da Santa Aliança, que numa carta dirigida o seu Governo dizia que os Estados Unidos considerariam motivo de guerra a intervenção européia nos Assuntos da América

Colonização Inglesa

A incursão dos ingleses no processo de colonização do continente americano conta com determinadas particularidades que o difere sensivelmente da experiência colonial promovida por portugueses e espanhóis. Entre outras razões, podemos apontar o processo tardio de colonização, a natureza espontânea da ocupação dos territórios e as características do litoral norte-americano como pontos fundamentais na compreensão da colonização inglesa.

No governo da rainha Elizabeth I (1558 – 1603), a Inglaterra ingressou na economia mercantilista ao investir na construção de novas embarcações e no comércio marítimo. Nesse contexto, a pirataria se tornou uma importante fonte de lucros sustentada no assalto de navios espanhóis que saíam do Caribe com destino à Europa. Nesse mesmo período tentaram empreender a colonização de região norte-americana com a organização de três expedições comandadas por Walter Raleigh.

O insucesso dessas primeiras expedições só foi revertido com a criação da colônia de Virgínia, em 1607. Depois disso, o processo de colonização britânico ganhou força com a política de cerceamentos, que expulsou os pequenos agricultores de suas propriedades, forçando-os a buscar outras possibilidades no Novo Mundo. Concomitantemente, os conflitos religiosos que tomaram conta da Inglaterra após a reforma anglicana também motivaram a imigração dos puritanos ingleses para a América.

No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra.

Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão-de-obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor.

Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de plantations estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão-de-obra escrava vinda da África.

Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica.

O QUE É SISTEMA COLONIAL

Colonialismo é a política de exercer o controle ou a autoridade sobre um território ocupado e administrado por um grupo de indivíduos com poder militar, ou por representantes do governo de um país ao qual esse território não pertencia, contra a vontade dos seus habitantes que, muitas vezes, são desapossados de parte dos seus bens (como terra arável ou de pastagem) e de eventuais direitos políticos que detinham.

O termo colônia vem do latim, designando o estabelecimento de comunidades de romanos, geralmente para fins agrícolas, fora do território de Roma. Ao longo da história, a formação de colônias foi à forma como a raça humana se espalhou pelo mundo

A exploração desenfreada dos recursos dos territórios ocupados – incluindo a sua população, quase totalmente aniquilada, como aconteceu nas Américas, ou transformada em escravos que espalharam pelo resto do mundo, como na África – levou a movimentos de resistência dos povos locais e, finalmente à sua independência, num processo denominado descolonização, terminando estes impérios coloniais em meados do século XX.

Ao longo da história, a formação de colônias foi à forma como a raça humana se espalhou pelo mundo. Na pré-história, a colonização de territórios não era geralmente acompanhada pelo uso da força - a não ser para lutar contra eventuais animais que os ocupassem.

Em tempos mais recentes, no entanto, o crescimento populacional e econômico em vários países da Europa e da Ásia (os mongóis e os japoneses) levou a um novo tipo de colonização, que passou a ter o caráter de dominação (e, por vezes, extermínio) de povos que ocupavam territórios longínquos e dos seus recursos naturais, criando grandes impérios coloniais. Um dos aspectos mais importantes desta colonização foi à escravatura, com a “exportação” de uma grande parte da população africana para as Américas, com conseqüências nefastas, tanto para o Continente Negro, como para os descendentes dos escravos, que perduram até hoje.

Movimento Brasileiro de Contestação

1820, a Europa foi sacudida por uma onda de movimentos de contestação, de inspiração liberal, em reação às medidas restauradoras do Congresso de Viena. Esses movimentos combatiam o absolutismo de direito divino dos reis, mas admitiam a Monarquia desde que os poderes dos soberanos ficassem limitados por uma Constituição e fossem respeitadas as liberdades individuais.
Pelo princípio da legitimidade, defendido pelo príncipe Talleyrand, representante do rei absolutista da França, Luís XVIII, no Congresso de Viena, os soberanos das antigas dinastias européias que haviam sido depostos após a Revolução Francesa, principalmente no período napoleônico, deveriam ser restaurados em seus tronos. Assim, Portugal deveria voltar a ser governado pela dinastia de Bragança, representada por D. João VI. No entanto, D. João, conhecido na Europa como o Rei do Brasil, acostumara-se à idéia de permanecer no Rio de Janeiro, concretizando o tão sonhado Império luso-americano. A solução encontrada, atribuída ao próprio Talleyrand, e proposta ao representante português, conde de Palmela, foi à elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Essa medida, além de defender a presença da Europa e da realeza na América, também agradaria aos súditos do Brasil, pois destruiria a idéia de Colônia que tanto lhes desagradava, além de afastá-los da idéia de Independência e de República.
D. João, desinteressado de voltar a Lisboa, em 16 de dezembro de 1815 fez publicar a Carta de Lei que dizia: "Que os meus Reinos de Portugal, Algarves, e Brasil formem dora em diante um só e único Reino debaixo do título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, E DO BRASIL, E ALGARVES". Saudada com entusiasmo no Rio, a mudança não foi tão bem recebida pelos portugueses. A elevação a Reino Unido colocava o Brasil em condições de igualdade ou até em situação superior a Portugal, visto que a Corte permanecia no Rio de Janeiro.

Crise do Sistema Colonial no Brasil

A chamada Revolução do Porto foi um movimento liberal que acarretou conseqüências tanto na História de Portugal como na História do Brasil.
Iniciado na cidade do Porto no dia 24 de Agosto de 1820, cuja burguesia mercantil se ressentia dos efeitos do Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808), que deslocara para o Brasil parte expressiva da vida econômica metropolitana, o movimento reivindicatório logo se espalhou, sem resistências, para outros centros urbanos de Portugal, consolidando-se com a adesão de Lisboa.
Iniciado pela guarnição do Porto, irritada com a falta de pagamento, e por comerciantes descontentes daquela cidade, conseguiu o apoio de quase todas as camadas sociais: o Clero, a Nobreza e o Exército português. Entre as suas reivindicações, exigiu:
O imediato retorno da Corte para o reino, visto como forma de restaurar a dignidade metropolitana;
O estabelecimento, em Portugal, de uma Monarquia constitucional; e a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (re-instauração do Pacto Colonial).
A junta governativa de Lord Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição para Portugal. Enquanto esta carta magna estava sendo redigida, entrou em vigor uma Constituição provisória, que seguia o modelo espanhol.
O movimento, vitorioso, ficaria conhecido como Revolução do Porto ou Revolução Liberal do Porto. Como conseqüências, a Corte retornou a Portugal no ano de 1821 e, diante do progressivo aumento da pressão para a re-colonização do Brasil, este proclamou a sua independência em 1822.


REVOLUÇÃO DO PORTO
Influenciados pelas idéias difundidas pelas lojas maçônicas, pelos liberais emigrados, principalmente em Londres, os portugueses criticavam e questionavam a permanência da Corte no Rio de Janeiro. O momento era favorável à eclosão de um movimento liberal. Em 1817, Gomes Freire de Andrada, que ocupava posição de destaque na Maçonaria, liderou uma revolta para derrubar Lord Beresford e implantar um regime republicano em Portugal. A descoberta do movimento e a confirmação de sua ligação com a Maçonaria desencadeou uma grande perseguição aos maçons, culminando com a proibição das sociedades secretas por D. João VI, em 1818, não só em Portugal como também no Brasil.
Os portugueses sofriam ainda a influência dos movimentos havidos na Espanha, que já aprovara uma Constituição em 1812 e onde, em inícios de 1820, ocorrera uma revolução liberal.
No dia 24 de agosto de 1820 começou, na cidade do Porto, um movimento liberal que logo se espalhou por outras cidades, consolidando-se com a adesão de Lisboa. Não houve resistência. Iniciada pela tropa irritada com a falta de pagamento e por comerciantes descontentes conseguiu o apoio de quase todas as camadas sociais: Clero, Nobreza, e Exército. A junta governativa de Lord Beresford foi substituída por uma junta provisória, que convocou as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa para elaborar uma Constituição para Portugal. Enquanto a Carta estava sendo feita, entrou em vigor uma Constituição provisória, que seguia o modelo espanhol.
A revolução vitoriosa, que ficaria conhecida como a Revolução do Porto, exigia o retorno da Corte, visto como forma de "restaurar a dignidade metropolitana", o estabelecimento, em Portugal, de uma Monarquia constitucional e a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil.
REPERCURSÕES DA REVOLUÇÃO
A Revolução de 1820 apresentava duas faces contraditórias. Para Portugal, era liberal, na medida em que convocou as Cortes (Assembléia), que não se reuniam desde 1689, com o objetivo de elaborar uma Constituição que estabelecesse os limites do poder do rei. Para o Brasil, foi conservadora e recolonizadora, visto que se propunham a anular as medidas concedidas por D. João, exigindo a manutenção dos monopólios e privilégios portugueses, limitando a influência inglesa, subordinando novamente a economia e a administração brasileiras a Portugal.
No Brasil, as primeiras notícias sobre o movimento chegaram por volta de outubro, ocasionando grande agitação. Todos se confraternizaram, mas aos poucos ficou clara a divergência de interesses entre os diversos setores da população. No Grão-Pará, na Bahia e no Maranhão, as tropas se rebelaram em apoio aos revolucionários portugueses, formando Juntas governativas que só obedeceriam às Cortes de Lisboa. A presença da família real no Rio de Janeiro agravara as diferenças que separavam o Centro-Sul do Norte e Nordeste, sobrecarregando essas regiões com o aumento e criação de novos tributos, destinados à manutenção da Corte, chamada de a "nova Lisboa".
Muitos comerciantes portugueses, ansiosos por recuperar seus privilégios, aderiram ao movimento. Foram apoiados pelas tropas portuguesas. Outros grupos acreditavam que o regime constitucional implantado em Portugal seria também aplicado no reino do Brasil. Havia também aqueles que, beneficiados com o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, não queriam a volta a Lisboa. Afinal, seus negócios estavam correndo bem e o retorno significaria o fim das vantagens e de seu prestígio social e político. Funcionários que haviam recebido cargos públicos e proprietários de escravos e terras do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo, manifestaram-se contra a Revolução do Porto, defendendo a permanência da família real no Brasil.
O retorno da Corte para Portugal dividia as opiniões. De um lado o Partido Português, que agrupava as tropas portuguesas e os comerciantes reinóis, exigindo o regresso da família real. De outro, aqueles que se opunham, por terem progredido, ganho prestígio e poder com a vinda da Corte para o Rio de Janeiro e que, portanto, queriam que o rei ficasse. A partir do momento em que se manifestaram favoráveis à permanência de D. João, passaram a ser conhecidos como Partido Brasileiro. Seus integrantes não eram necessariamente brasileiros de origem, mas tinham seus interesses vinculados ao Brasil.
D. João VI resolveu ficar, mas, tentando contornar a situação, anunciou que enviaria o príncipe D. Pedro a Portugal, "para ouvir os povos". Essa medida não foi bem aceita por comerciantes e tropas portuguesas do Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1821, as tropas reuniram-se no largo do Rossio, atual Praça Tiradentes, exigindo que D. Pedro e D. João jurassem a Constituição que estava sendo feita pelas Cortes, e a substituição de ministros e de funcionários que ocupavam os principais cargos administrativos. D. João concordou com tudo.
Alguns dias depois de jurar, antecipadamente, a Constituição, no Real Teatro São João, atual João Caetano, o rei foi pressionado a retornar a Lisboa, deixando o príncipe D. Pedro como regente. Ficou também decidido que se realizariam eleições para a escolha dos representantes brasileiros nas Cortes.
No entanto, a agitação continuava. No dia 21 de abril, grupos populares reuniram-se em assembléia no edifício da Praça do Comércio, exigindo que D. João jurasse a Constituição espanhola enquanto era elaborada a Constituição portuguesa. Devido aos sucessivos adiamentos da partida, manifestações tanto a favor como contra o retorno do rei tomaram conta da reunião. Para controlar a situação e terminar com a manifestação, D. Pedro ordenou à tropa que dispersasse a assembléia. Uma pessoa morreu e muitas ficaram feridas e, por isso, o edifício projetado por Grandjean de Montigny, a atual Casa França-Brasil, passou a ser conhecido como "Açougue dos Braganças".
Dias depois, a 26 de abril de 1821, D. João VI deixava o Brasil, acompanhado por 4 mil pessoas, levando tudo o que puderam, inclusive todo o ouro que existia no Banco do Brasil. Grupos de brasileiros tentaram impedir a volta das jóias e dos bens do Tesouro para Lisboa.
Cantava-se nas ruas:
"Olho vivo,
pé ligeiro,
vamos a bordo,
buscar o dinheiro".
Seu regresso atendia às exigências das Cortes, mas, deixando D. Pedro como príncipe-regente do Brasil, agradava também ao grupo político que defendera a permanência da família real no Brasil - o Partido Brasileiro, que começava então, a se formar.
CRISE PORTUGUESA E A REVOLUÇÃO DO PORTO
Durante o período em que a Corte esteve no Rio de Janeiro, Portugal foi governado por uma junta presidida por Lord Beresford, que comandava o Exército e mantinha sob seu controle a nação portuguesa. A economia vivia um momento de profunda crise. O comércio estava decadente, praticamente paralisado, não só pela ocupação francesa como também pela abertura dos portos da Colônia em 1808. Os comerciantes portugueses estavam descontentes, pois havia perdido o monopólio comercial, situação agravada pelos Tratados de 1810, assinados com os ingleses. A agricultura estava desorganizada, as cidades destruídas por causa das lutas com os franceses e as manufaturas portuguesas não tinham condições de concorrer com as inglesas. Para muitos, tudo isso era resultante da ausência do rei. Além disso, sabia-se que as lojas maçônicas, em Portugal, divulgavam as idéias liberais, defendendo uma Constituição que limitaria o poder do soberano instituindo, assim, uma Monarquia constitucional.
Em 1814, com a derrota de Napoleão Bonaparte e o fim da guerra na Europa, o retorno da Corte voltou a ser discutido em Portugal. Os portugueses sentiam-se abandonados e queriam seu rei de volta. A queda de Napoleão tornou mais evidente a decadência do reino português, que em nada fora beneficiado com a permanência da família real na América.
Mas não era apenas Portugal que desejava mudanças. Em 1815, os vencedores de Napoleão reuniram-se em um Congresso na cidade de Viena, capital da Áustria, com o objetivo de restaurar a velha ordem transformada pela Revolução Francesa, evitar que as idéias liberais se espalhassem e também reconduzir ao poder as antigas dinastias. Os participantes do Congresso de Viena, tranqüilos por terem vencido os revolucionários, discutiam as mudanças que deveriam ser feitas para anular as conseqüências produzidas pela Revolução Francesa e pelo governo de Napoleão. A criação da Santa Aliança, uma associação formada pelos três reinos mais importantes presentes ao Congresso - Rússia, Áustria e Prússia -, com poder de intervenção em nações onde movimentos liberais pudessem pôr em xeque os governos absolutos, contribuía para ajudar a reconstruir a ordem conservadora européia.
No entanto, a partir de 1820, a Europa foi sacudida por uma onda de movimentos de contestação, de inspiração liberal, em reação às medidas restauradoras do Congresso de Viena. Esses movimentos combatiam o absolutismo de direito divino dos reis, mas admitiam a Monarquia desde que os poderes dos soberanos ficassem limitados por uma Constituição e fossem respeitadas as liberdades individuais.
Pelo princípio da legitimidade, defendido pelo príncipe Talleyrand, representante do rei absolutista da França, Luís XVIII, no Congresso de Viena, os soberanos das antigas dinastias européias que haviam sido depostos após a Revolução Francesa, principalmente no período napoleônico, deveriam ser restaurados em seus tronos. Assim, Portugal deveria voltar a ser governado pela dinastia de Bragança, representada por D. João VI. No entanto, D. João, conhecido na Europa como o Rei do Brasil, acostumara-se à idéia de permanecer no Rio de Janeiro, concretizando o tão sonhado Império luso-americano. A solução encontrada, atribuída ao próprio Talleyrand, e proposta ao representante português, conde de Palmela, foi à elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Essa medida, além de defender a presença da Europa e da realeza na América, também agradaria aos súditos do Brasil, pois destruiria a idéia de Colônia que tanto lhes desagradava, além de afastá-los da idéia de Independência e de República.
D. João, desinteressado de voltar a Lisboa, em 16 de dezembro de 1815, fez publicar a Carta de Lei que dizia:
"Que os meus Reinos de Portugal, Algarves, e Brasil formem dora em diante um só e único Reino debaixo do título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, E DO BRASIL, E ALGARVES".
Saudada com entusiasmo no Rio, a mudança não foi tão bem recebida pelos portugueses. A elevação a Reino Unido colocava o Brasil em condições de igualdade ou até em situação superior a Portugal, visto que a Corte permanecia no Rio de Janeiro.
COMPREENDENDO MELHOR OS MOVIMENTOS BRASILEIROS DE CONTESTAÇÃO
1820, a Europa foi sacudida por uma onda de movimentos de contestação, de inspiração liberal, em reação às medidas restauradoras do Congresso de Viena. Esses movimentos combatiam o absolutismo de direito divino dos reis, mas admitiam a Monarquia desde que os poderes dos soberanos ficassem limitados por uma Constituição e fossem respeitadas as liberdades individuais.
Pelo princípio da legitimidade, defendido pelo príncipe Talleyrand, representante do rei absolutista da França, Luís XVIII, no Congresso de Viena, os soberanos das antigas dinastias européias que haviam sido depostos após a Revolução Francesa, principalmente no período napoleônico, deveriam ser restaurados em seus tronos. Assim, Portugal deveria voltar a ser governado pela dinastia de Bragança, representada por D. João VI. No entanto, D. João, conhecido na Europa como o Rei do Brasil, acostumara-se à idéia de permanecer no Rio de Janeiro, concretizando o tão sonhado Império luso-americano. A solução encontrada, atribuída ao próprio Talleyrand, e proposta ao representante português, conde de Palmela, foi à elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Essa medida, além de defender a presença da Europa e da realeza na América, também agradaria aos súditos do Brasil, pois destruiria a idéia de Colônia que tanto lhes desagradava, além de afastá-los da idéia de Independência e de República.
D. João, desinteressado de voltar a Lisboa, em 16 de dezembro de 1815 fez publicar a Carta de Lei que dizia: "Que os meus Reinos de Portugal, Algarves, e Brasil formem dora em diante um só e único Reino debaixo do título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, E DO BRASIL, E ALGARVES". Saudada com entusiasmo no Rio, a mudança não foi tão bem recebida pelos portugueses. A elevação a Reino Unido colocava o Brasil em condições de igualdade ou até em situação superior a Portugal, visto que a Corte permanecia no Rio de Janeiro.
 COMPREENDENDO MELHOR O PERIODO JOANINO
Quando observamos a situação da colônia brasileira no século XVIII, notamos a presença de várias rebeliões que questionaram ou defenderam a extinção do pacto colonial. Contudo, apesar das insatisfações, percebemos que o nosso processo de independência aconteceu pela influência de fatores ligados às relações políticas dos países europeus e o desenvolvimento do capitalismo industrial.
No começo do século XIX, a França passava por um processo revolucionário francamente combatido pelas demais monarquias da Europa. Além disso, o governo francês, então liderado por Napoleão Bonaparte, enfrentava sérias dificuldades econômicas que impediam a imposição do novo governo. Nesse contexto, a Inglaterra era a principal adversária da França Revolucionária, seja em âmbito político ou econômico.
Para superar as dificuldades vividas, Napoleão decidiu proibir que qualquer nação do continente europeu realizasse comércio com os britânicos. Com isso, enfraqueceria seus rivais e poderia conquistar novos mercados. No entanto, várias nações da Europa dependiam enormemente da indústria inglesa e não poderiam simplesmente esperar que os franceses assumissem o papel econômico britânico da noite para o dia.
Em pouco tempo, alguns países descumpriram a exigência de Napoleão e este, por sua vez, invadiu vários países da Europa. Integrando esse grupo de insurretos, o governo português temia que Napoleão dominasse em um só tempo o território lusitano e suas ricas possessões coloniais. Dessa forma, o príncipe regente Dom João VI realizou a inusitada transferência da família real para o Brasil com auxílio das tropas britânicas.
Mais do que uma simples mudança, tal fato promoveu profundas transformações no cenário político e econômico brasileiro. Respondendo à prontidão da ajuda dos ingleses, D. João VI estabeleceu a liberdade de comércio dos portos brasileiros com as embarcações de qualquer parte do mundo. Com isso, pagando um taxa alfandegária preferencial, as mercadorias inglesas inundaram a economia nacional e impediram o desenvolvimento da indústria local.
Os grandes proprietários da colônia foram amplamente beneficiados com a ampliação das liberdades comerciais. Além de possibilitar o acesso a uma maior gama de produtos industrializados, a abertura dos portos concedeu um visível alargamento dos lucros obtidos com a comercialização dos gêneros agrícolas com as nações da Europa. Nesse sentido, vemos que a administração joanina ganhou uma relativa sustentação política.
No entanto, vemos que essa nova página da história brasileira não significava apenas uma nova fase de benefícios. Em Pernambuco, uma revolta de natureza republicana foi contra a elevação dos impostos promulgada por Dom João VI. O aumento das tarifas foi um desdobramento da ampliação dos cargos públicos e o envolvimento em guerras que prejudicavam o equilíbrio das finanças governamentais.
Por fim, na década de 1820, uma revolução liberal em solo lusitano exigiu não só o retorno de D. João VI para a Europa, bem como o fim das concessões oferecidas ao Brasil. A partir desse momento, integrantes da elite local se movimentaram em torno da possibilidade da independência. Para tanto, valeram-se das ambições do jovem Dom Pedro I, que encerrou esse período oficializando a autonomia do Brasil às margens do rio Ipiranga.
COMPREENDENDO A INDEPENDENCIA
Introdução
A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira.
Dia do Fico
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."
O processo de independência
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.
Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga levantou a espada e gritou: " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.
Bandeira do Brasil Império. Primeira bandeira brasileira após a Independência.
Pós Independência
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi à camada que mais se beneficiou.